Literalmente, uma página do livro da minha vida
Quando eu era um rapaz cheio de sangue na guelra, tinha uma banda de jazz/ rock/ fusão chamada New World Rising. Estávamos a ficar conhecidos na cidade e eu era um bocadinho convencido. Tinha dois professores de guitarra em simultâneo nessa altura - um para clássicos (Julio Prol) e um para jazz (Ted Dunbar); ambos foram grandes influências para mim, como músico e como ser humano.
Um dia, falei com o Ted Dunbar sobre o quanto desdenhava ter que tocar canções do Top 40 para ganhar a vida. Ele perguntou-me porque é que me sentia assim. Basicamente, respondi "Esse tipo de música não está à minha altura, nem à altura da minha formação e do meu gosto ecléctico". O meu guru de jazz calou-me imediatamente. Disse-me, "Qualquer disco que venda mais de um milhão de cópias é excelente. Porque é que achas que és o consumidor modelo?" Já contei esta história mil vezes e não vou repisá-la, vou directamente para a conclusão: esta lição abriu-me os olhos para um mundo muito maior.
Acabei por me tornar num compositor, arrangista e instrumentalista de música funk / dança / pop / (etc.) com um estilo pessoal e gravei discos com vendas na ordem dos multi-milhões. Evolui. O Ted Dunbar era um dos músicos com mais bom gosto que já conheci e, talvez, o melhor professor, porque me ensinou sobre música, estilo, individualidade e, acima de tudo, sobre a maravilha que é a vida e a exploração.
Fico agradecido quando as pessoas querem trabalhar comigo, independentemente do tipo de música. Acredito sempre que tenho alguma coisa que lhes posso ensinar e que posso aprender alguma coisa com eles. Isto não quer dizer que gosto de tudo que ouço e toco, muito pelo contrário, o que quero dizer é isto: estou disposto a parar, olhar, ouvir e aprender. Os snobs gostam de acreditar que vivem em cima de um pedestal.
Quando eu era um snob musical, até ao momento em que o Ted me pôs no meu lugar, era um rapaz assustado, tentando provar que era suficientemente bom. Olhando de cima para artistas que vendiam milhões de discos, podia fazer de conta que a minha pureza de gosto estava acima do nível das massas que não sabiam tanto quanto eu.
Sinto-me honrado em tocar em qualquer disco que consiga encaixar na minha agenda louca. Durante o ano que passou e durante este ano, terei tocado em mais concertos ao vivo e discos que em qualquer outra altura da minha vida. Tendo em conta que a minha música já gerou mais de 3 mil milhões (biliões) de dólares americanos, isto é fabuloso.
Se calhar, foi preciso este tempo todo para finalmente Crescer e Aparecer!
Anúncio dos New World Rising na Village Voice para um concerto no Unganos
Julio Prol, Guitarrista Clássico e um dos meus admiráveis professores
Ted Dunbar, Guitarrista de Jazz e um grande professor e mentor
A capa do meu livro de memórias, "Le Freak"
Adam Lambert e eu fazendo aquilo que nascemos para fazer
Eu e o David Bowie durante as sessões de "Let's Dance"
Eu, o Mark Ronsone o Quincy Jones passando tempo juntos num dos meus muitos concertos ao vivo
Mike Myers e Dana Carvey comigo e com o 'Nard em "Wayne's World"
Os CHIC nos bons velhos tempos no programa de TV "All My Children" com o Darnell Williams
Eu e os Duran Duran
Eu numa saída à noite com um dos meus artistas favoritos de sempre, a fabulosa Grace Jones
Eu e a minha maior artista de sempre, Madonna, no Live Aid
HerbieHancock, eu e o Mick Jagger gravando nos estúdios Power Station
Hiram Bullock, Rick James, e o Jean Beauvoir no China Club
Diana Ross e eu. Ela foi a primeira super-estrela cujo disco produzi
Se calhar, levei este tempo todo para finalmente me aceitar a mim próprio